domingo, 1 de agosto de 2010

O crescimento da produção científica brasileira

Segundo duas reportagens publicadas recentemente no Jornal O Estado de São Paulo, a produção científica brasileira está crescendo, assim como o nosso número de mestres, doutores e de bolsas de estudos fornecidas pelos órgãos governamentais (como a CAPES e o CNPQ). No entanto, no ambiente acadêmico brasileiro, não há ainda uma cultura de registro das patentes das descobertas científicas, ao contrário do que fazem os pesquisadores científicos de outros países.

Além disso, a produção científica das 15 universidades “mais produtivas” do Brasil também está crescendo. Em minha opinião, o fato mais curioso, publicado nestas matérias de jornal, é que o Brasil atualmente é responsável somente por 2% da produção científica mundial – o que já representa um avanço, em comparação a 30 anos atrás, quando respondíamos apenas por 0,3% desta produção.

Como pode um país que está entre as economias mais ricas do mundo, produzir somente 2 % da produção científica mundial?

Seguem abaixo alguns trechos dos textos publicados nestas notícias:
Segundo a matéria publicada em 27 de julho de 2010 (título: “Infográfico: pesquisa cresce, mas qual é o resultado na prática?” link para acesso on-line  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,infografico-pesquisa-cresce--mas-quel-e-o-resultado-na-pratica,586712,0.htm)
“Em dez anos, o Brasil teve crescimento na formação de mestres e doutores e no volume de artigos publicados, que hoje se equipara ao de países ricos”[...] Mas “ a posição do País no ranking de citações de trabalhos científicos, indicador da qualidade das pesquisas, caiu. Além disso, o conhecimento ainda
não é traduzido em aplicação prática, como mostra a baixa quantidade de pedidos de patente”.

E de acordo com a reportagem publicada, também no Estado de São Paulo, em 01 de agosto de 2010 (título: “O crescimento da produção científica brasileira” e
link de acesso on-line  http://www.estadao.com.br/especiais/o-crescimento-da-producao-cientifica-brasileira,1708.htm – neste link, pode-se acessar gráficos com este mapeamento do crescimento da produção científica brasileira)


“Dentre as 15 instituições de pesquisa brasileiras com maior produção científica, 11 cresceram mais de 200% em dez anos”. E “nos últimos 30 anos, a participação brasileira na produção de conhecimento científico mundial aumentou de 0,3% para 2%. Em 10 anos, o número de trabalhos publicados por pesquisadores da USP triplicou”.

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